top of page

Fauna e Flora

O trilho desenvolve-se ao longo da Ribeira da Agualva atravessando, na sua margem esquerda, uma antiga floresta onde predominam os eucaliptos, as criptomérias e os incensos. Embora sejam estas classificadas como exóticas e infestantes, é possível encontrar alguns exemplares de dimensões bastante impressionantes. Este tipo de vegetação confere a esta zona do trilho bastante sombra e frescura.

 

Neste local, junto ao Parque das Frechas, foi recentemente (2019) convertida uma mata de eucaliptos numa mata (a Mata das Frechas) destinada a albergar espécies de elevado valor ecológico. Aí, entre outras, podem identificar-se as seguintes espécies:

A. Nativas (naturais de um determinado local), como o feto arbóreo (Cyathea cooperi – fig. 17), o azevinho (Ilex aquifolium – fig. 18) e a gonko biloba (Ginkgo biloba – fig. 19);

 

 

 

 

 

 

 

 

B. Endémicas (exclusivas de determinado local), como o sanguinho (Frangula azorica – fig. 20), a ginjeira do mato (Prunus azorica – fig. 21), a uva-da-serra (Vaccinium cylindraceum - fig. 22), o cedro-do-mato (Juniperus brevifolia – fig. 23), a urze (Erica azorica – fig. 24) e o pau branco (Picconia azorica – fig. 25).

23-24-25.png
20-21-22.png
17-18-19.png

Um pouco por toda a parte, e por entre a vegetação exótica, é possível encontrar algumas espécies com valor ecológico, próprias deste tipo de habitat húmido e sombrio, entre elas:

- O Feto-pente (Blechum spicant - fig. 26) é uma planta que pode atingir entre os 30 e os 70 cm. Espécie característica de zonas declivosas, de florestas e pastagens naturais, encontrando-se normalmente entre os 200 e os 1000 metros de altitude. É nativo da Macaronésia, Europa, Norte de África, Ásia e Norte da América;
 

- O Língua-cervina (Asplenium scolopendrium - fig. 27) cresce em áreas sombrias e abrigadas com elevada humidade. Aparece geralmente em zonas acima dos 400 m de altitude, em ravinas ou em bosques densos de Laurissilva, podendo também ocorrer em associação com espécies invasoras. A dependência em relação ao ensombramento torna a espécie vulnerável à desflorestação. É nativo da Macaronésia e da Europa;

 

 

 

 

 

 

 

- O Feto-do-botão (Woodwardia radicans - fig. 28) é um feto com frondes pendentes. Cresce em ravinas e crateras húmidas com escorrência permanente de água, podendo as suas folhas atingir os 2,5 m de comprimento. Aparece geralmente em zonas acima dos 400 m de altitude. Nativo da Macaronésia e Sudoeste da Europa, Ásia e América Central. É uma espécie protegida pela Diretiva de Habitats e pela Convenção de Berna.

Ao nível da Avifauna, é possível observar uma grande diversidade, entre elas: o Tentilhão Fringilla coelebs moreletti (fig. 28), sub-espécie endémica dos Açores; o Pombo trocaz Columba palumbus azorica, subespécie endémica dos Açores; a Lavandeira Motacilla cinerea patriciae (fig. 29), subespécie endémica dos Açores; o Milhafre Buteo búteo rothschildi (fig. 30), subespécie endémica e única ave de rapina diurna dos Açores; o Pisco de peito ruivo ou Vinagreira Erithacus rubecula (fig. 31); o Melro-preto Turdus merula azorensis (fig. 32); e o Mocho Asio otus única ave de rapina nocturna dos Açores.

 

 

Ao nível dos Invertebrados, a Rã verde Rana perezi (fig. 33) pode ser facilmente audível, junto à ribeira, no início do trilho. Após a eclosão dos ovos, vive somente na água. Quando adulta, a respiração dá-se principalmente pela pele e habita tanto debaixo de água como à superfície. Alimenta-se de insetos, vermes e outros pequenos animais, que captura com a língua. Chega a atingir 7,5 cm podendo viver até aos 10 anos. Pode ser observada perto de charcos, lagoas e algumas ribeiras. Origem centro e sul da Europa. Em risco de ficar ameaçada segundo a avaliação da IUCN. 

31-32-33.png
28-29-30.png
26-27-28.png
bottom of page